A angústia é uma experiência humana complexa que transcende as fronteiras da psicologia, manifestando-se de maneiras distintas nas diferentes abordagens teóricas. Vamos explorar como a psicanálise, a abordagem humanista e a perspectiva comportamental interpretam e abordam a angústia.
A psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud, enxerga a angústia como resultado de conflitos internos e conteúdos reprimidos no inconsciente. A ansiedade é inerente ao enfrentamento de desejos reprimidos, podendo emergir em diferentes formas, como a angústia neurótica. A psicanálise busca desenterrar os motivos inconscientes da angústia, promovendo a análise e a compreensão dos processos mentais que a desencadeiam.
A abordagem humanista, representada por Carl Rogers e Abraham Maslow, compreende a angústia como um sinal de desajuste entre o eu real e o eu ideal. A falta de congruência entre as aspirações individuais e a realidade pode gerar um profundo sentimento de angústia. A terapia centrada no pessoa, característica dessa abordagem, busca promover a autorrealização, auxiliando o indivíduo a alinhar seus valores e metas, reduzindo assim a angústia existencial.
Por fim, a perspectiva comportamental concebe a angústia como uma resposta aprendida a estímulos aversivos. Para os behavioristas, a angústia é muitas vezes associada a experiências passadas de punição ou reforço negativo. A terapia comportamental focaliza na modificação de padrões comportamentais disfuncionais, buscando eliminar respostas ansiosas e substituí-las por comportamentos adaptativos.
Em síntese, as abordagens psicológicas divergem em suas interpretações da angústia, oferecendo distintas lentes para compreender e intervir nesse fenômeno complexo. A psicanálise mergulha nas profundezas do inconsciente, a abordagem humanista destaca a busca pela autorrealização, enquanto a perspectiva comportamental foca na modificação de comportamentos disfuncionais. Cada abordagem contribui para uma compreensão mais holística da angústia, permitindo aos profissionais da psicologia adaptarem suas intervenções de acordo com as necessidades individuais de cada cliente.
Seja bem-vindo à psicoterapia e continue acompanhando.
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